Partida vazia... presença inexistente.
Partiste sem um adeus, sem um beijo, sem um abraço nem um sorriso...Choro um silêncio chamado solidão, uma solidão que sinto e que me transforma... que me enfraquece-me os movimentos, a pele e a mente. Ainda Vivo em esperança!... esperança que me incentiva a viver, a respirar, a sentir... Tento assim olhar o novo dia, sem medo nem fracassos... Tento rever os teus olhos, os teus lábios, os teus abraços, o teu mundo e o teu ser... Vou partir sem destino, desapareçer sem avisar ninguem, viver outra vida noutro sol ou noutro luar. Vivo, agora, no silêncio obscuro apenas quebrado por gritos de dor que antes era de prazer. Continuo à procura da felicidade que tinha quando estavamos juntos... sem nunca a encontrar. Sou forte, e jamais irei desistir de a procurar. Morro sem Ti!... sem descendentes, antecedentes ou precedentes, sem amor... Simplesmente jazo na cama fria e desconfortável... Revejo então a minha vida, tenho tempo... Recordo-me de como foste há tantos anos, anos de felicidade, minutos de paixão... Séculos de solidão presos no tempo mas soltos em pensamento. Mas deixaste-me... trocaste-me por alguém, por momentos de prazer e paixão estúpidos! Para quê?!...definitivamente não entendo. Quero-te, tenho-te, esqueço-te... Será esta a ordem correcta?!...não sei. Evito este pensamento, esta ordem de palavras, quando fecho os olhos soltando a alma do corpo e sentindo o coração parar de bater. A respiração prende-se, como quando te vi, a minha mente afunda-se, como quando te possuí. Sinto o meu corpo gelar, como quando te perdi... e sinto a esperança esvair, como quando morrí. Será que voltas?... não, porque estou morto, e agora choras... Beijas-me a face e partes sem olhar de novo para o ser, Ser que abandonaste... Agora vertes lágrimas sem ninguém olhar... discretas. Um Amor morto é como pássaro sem asas, existe mas não pode voar... Para existir amor, não é necessário asas para voar nem é preciso muito para saber sonhar, porque o amor verdadeiro, é natural e intenso... Sem mentiras.
Só damos valor ás coisas quando as perdemos...
À coisas que não têm como voltar atrás.
Só damos valor ás coisas quando as perdemos...
À coisas que não têm como voltar atrás.
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